Sem Putin e Zelensky: Negociações Entre Rússia e Ucrânia Começam em Istambul Sob Pressão Internacional

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Sem Putin e Zelensky: Negociações Entre Rússia e Ucrânia Começam

Encontro delicado: conversas de paz começam em Istambul sem os principais líderes

Nesta sexta-feira, 16 de maio de 2025, começaram em Istambul, na Turquia, novas negociações entre Rússia e Ucrânia para tentar colocar fim a um conflito que já ultrapassa os três anos. Apesar das expectativas, o encontro ocorre sem a presença dos presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, o que levanta dúvidas sobre a eficácia do diálogo.

Ausência dos líderes compromete avanços

Inicialmente marcado para quinta-feira (15), o encontro foi adiado após a confirmação de que Putin não compareceria. Em resposta, Zelensky também optou por não participar, classificando a delegação russa como “decorativa” e afirmando que Moscou não está levando as tratativas a sério.

O presidente ucraniano ainda criticou duramente a postura do Kremlin, chamando a ausência de Putin de “falta de respeito” com os mediadores internacionais, como Donald Trump e Recep Tayyip Erdogan.


Quem está na mesa de negociações?

Apesar da ausência dos chefes de Estado, as delegações foram compostas por importantes nomes diplomáticos e militares. Representando a Ucrânia, estão:

  • Andriy Yermak – Chefe do gabinete presidencial
  • Roustem Oumerov – Ministro da Defesa
  • Andrii Sybiha – Ministro das Relações Exteriores

Do lado russo, a delegação é liderada por Vladimir Medinski, ex-ministro da Cultura e atual conselheiro de Putin. Embora ele afirme ter “plenos poderes” para negociar, fontes internacionais avaliam que Medinski não tem influência suficiente para definir os rumos do conflito.

O presidente da Ucrania Volodymyr Zelensky
O presidente da Ucrania Volodymyr Zelensky – Foto: RS/via Fotos Publicas

Presença dos EUA e Turquia

A reunião conta ainda com a participação de:

  • Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos
  • Tom Barrack, embaixador dos EUA em Ancara
  • Keith Kellogg, enviado especial americano para a Ucrânia
  • Hakan Fidan, ministro das Relações Exteriores da Turquia

O envolvimento direto dos EUA e da Turquia reforça a pressão internacional por uma resolução, mas Rubio já adiantou que não espera grandes avanços nesta rodada de conversas.


O que está em jogo nessas negociações?

A principal demanda da Ucrânia é clara: um cessar-fogo incondicional. De acordo com Yermak, a prioridade da delegação é “parar imediatamente os ataques russos e preservar vidas civis”.

Por outro lado, a Rússia insiste em condições consideradas inaceitáveis por Kiev, como:

  • Fim do apoio militar ocidental à Ucrânia
  • Reconhecimento da anexação da Crimeia
  • Abandono da candidatura à OTAN
  • Entrega de territórios sob controle russo no leste da Ucrânia

Medinski sinalizou estar aberto a “possíveis compromissos”, mas sem apresentar propostas concretas até o momento.


Donald Trump entra em cena

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que atua como espécie de mediador informal, declarou que só haverá progresso real quando ele e Putin estiverem frente a frente. Ele ainda afirmou considerar uma visita à Turquia caso surjam sinais de avanço.

Segundo analistas, Trump busca fortalecer seu papel internacional e pressionar Putin a se sentar pessoalmente à mesa. Zelensky, por sua vez, já afirmou estar pronto para esse encontro direto — desde que o presidente russo mostre seriedade.


Enquanto isso, os combates continuam

Mesmo com o início das negociações, a guerra segue ativa. Na noite de quinta-feira (15), a Rússia declarou ter tomado duas novas cidades na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, elevando seu controle a cerca de 20% do território ucraniano.

Os bombardeios contínuos e o avanço russo dificultam qualquer trégua imediata, alimentando críticas da União Europeia e da OTAN, que exigem um cessar-fogo como ponto de partida para qualquer avanço diplomático.


Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, e Chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, Andriy Yermak, caminham antes das conversas trilaterais entre Turquia, EUA e Ucrânia, em Istambul, Turquia, em 16 de maio de 2025 — Foto: Arda Kucukkaya/Ministério das Relações Exteriores da Turquia/Reuters

Cúpula da UE na Albânia reforça pressão

Paralelamente ao encontro em Istambul, líderes europeus se reuniram na Albânia para a Cúpula da Comunidade Política Europeia. O premiê britânico, Keir Starmer, destacou que Putin deve ser responsabilizado por rejeitar a paz, enquanto o chanceler alemão Friedrich Merz e o presidente francês Emmanuel Macron reiteraram o apoio à soberania ucraniana.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também defendeu uma trégua urgente, afirmando que o prolongamento da guerra só beneficia os interesses estratégicos do Kremlin.


O que esperar das próximas horas?

Mesmo com o cenário desfavorável, diplomatas esperam que a pressão global e o desgaste da guerra empurrem as partes a considerar medidas provisórias, como:

  • Corredores humanitários
  • Troca de prisioneiros
  • Suspensão de ataques a infraestrutura civil

Ainda que tímidos, esses passos podem abrir caminho para um acordo mais robusto nos próximos meses.


Conclusão: há esperança para a paz?

Embora o início das negociações em Istambul tenha ocorrido sem os protagonistas principais, o simples fato de haver diálogo já é um sinal importante. A comunidade internacional precisa manter a pressão, e os líderes, principalmente Putin e Zelensky, devem colocar o interesse de suas populações acima de disputas políticas.

A guerra na Ucrânia já custou milhares de vidas e devastou regiões inteiras. A busca pela paz precisa ser mais do que simbólica — ela precisa ser real, urgente e efetiva.


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