Operação Amparo: Polícia Civil de Minas Gerais Intensifica Combate à Violência Contra a Mulher

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Polícia Civil de Minas Gerais Lança Operação Amparo no Combate à Violência contra a Mulher

Iniciativa marca o início do Agosto Lilás e mobiliza centenas de policiais em todo o estado

Nesta sexta-feira (1º de agosto), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deu início à operação Amparo, uma ação significativa que visa fortalecer a luta contra a violência de gênero. Com o registro de 47 prisões e 88 mandados de busca e apreensão cumpridos, a operação mobilizou cerca de 600 policiais civis e 200 viaturas, abrangendo todas as regiões do estado. Este evento especial coincide com o Agosto Lilás, um mês voltado para o enfrentamento da violência contra a mulher.

Denúncia é Fundamental para Quebrar o Silêncio

A delegada-geral da Polícia Civil, Letícia Gamboge, enfatizou a importância de denunciar qualquer forma de violência. Durante a apresentação dos resultados da operação, ela lançou um apelo: “Quebre o ciclo da violência contra a mulher”. Para facilitar as denúncias, a polícia disponibiliza diversos canais, incluindo os disques 180, 181, 197 e 190, além da Delegacia Virtual e registros presenciais nas delegacias.

“Lembramos que o silêncio pode ser fatal. Qualquer forma de violência—seja ela física, emocional, patrimonial ou moral—deve ser reportada”, destacou Gamboge, reafirmando que a PCMG está comprometida em erradicar esse tipo de crime.

Estrutura e Apoio às Vítimas

Atualmente, Minas Gerais conta com 70 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), que têm a missão de garantir um atendimento mais humanizado e eficaz. As Deams são fundamentais no acolhimento de vítimas e na elaboração de estratégias de proteção. Para melhorar ainda mais o suporte às mulheres, a polícia está implementando Núcleos de Atendimento Especializados em diversas cidades, como Andradas, Lagoa Santa e Conceição das Alagoas. Novas inaugurações estão previstas para Mariana e Coronel Fabriciano.

Outro recurso importante é a Casa da Mulher Mineira, localizada em Belo Horizonte. Esse espaço tem como função acolher as vítimas e encaminhá-las à rede assistencial, garantindo um atendimento amplo e integrado. Além disso, o Núcleo de Combate ao Feminicídio, que faz parte do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), opera de forma a concentrar esforços na prevenção e investigação de crimes de feminicídio.

Capacitação e Resultados Positivos

A formação contínua dos servidores da Polícia Civil é uma prioridade. Por meio de cursos oferecidos pela Academia de Polícia Civil (Acadepol), os profissionais estão sendo capacitados para lidar com as complexidades das situações que envolvem violência contra a mulher. “Estamos empenhados em garantir que nossos agentes estejam bem preparados para oferecer o melhor atendimento possível às vítimas”, afirmou Gamboge.

A delegada também compartilhou dados importantes que refletem os frutos desse trabalho. Ao comparar os números do primeiro semestre de 2025 com o mesmo período de 2024, ela revelou que os casos de feminicídio caíram 9,64%—uma diminuição que representa a queda de 83 para 75 casos. Além disso, mais de 37 mil expedientes de medidas protetivas já foram enviados à Justiça neste ano, um indicativo do compromisso da PCMG com a proteção das mulheres.

Conclusão: Uma Luta Coletiva pelo Fim da Violência

A operação Amparo não é apenas uma ação pontual; ela simboliza um esforço contínuo para combater a violência contra a mulher em Minas Gerais. Com a mobilização de forças policiais, o apoio a vítimas e uma rede de atendimento bem estruturada, a PCMG reforça sua missão de erradicar essa realidade alarmante. Em um mês que é crucial para conscientização e reflexão, a mensagem é clara: a denúncia é uma ferramenta poderosa e essencial. A quebra do silêncio pode salvar vidas, e a luta contra a violência de gênero é uma responsabilidade de toda a sociedade.

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