Foragido morre após confronto com policiais em Montes Claros

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Foragido morre após confronto com policiais no bairro Chiquinho Guimarães, em Montes Claros, durante operação que apreendeu arma e drogas.

Foragido morre após confronto: Na noite de terça-feira (24), a rotina de quem passava pela Avenida Manuel Caribé Filho, no bairro Chiquinho Guimarães, foi quebrada por sirenes e estampidos. Um homem de 28 anos, procurado pela Justiça, acabou baleado e morreu depois de trocar tiros com equipes especializadas da Polícia Militar. Junto dele, os militares apreenderam arma, cocaína e crack, numa operação que durou poucos minutos, mas deixou muita gente perguntando: “O que está acontecendo no nosso bairro?”


Foragido morre após confronto: Denúncia anônima aciona o GER

Tudo começou com um telefonema ao 190. A denúncia dizia que um foragido do sistema judiciário estava armado – e ainda recebia dinheiro do tráfico – num ponto movimentado da avenida. Por causa do grau de perigo, a PM enviou o GER, sigla para Grupo Especializado em Recobrimento, uma tropa treinada justamente para enfrentar suspeitos considerados violentos.

Esse tipo de denúncia é comum? Infelizmente, sim. Em Montes Claros, a Polícia recebe dezenas de ligações anônimas por dia. E, acredite, muitas salvam vidas, porque permitem agir antes que o pior aconteça.


Tentativa de fuga e troca de tiros

Assim que notou a viatura se aproximando, o rapaz correu. Ele conhecia bem as ruas estreitas do Chiquinho Guimarães, mas não contava com a habilidade dos policiais de cercar rotas de escape. Durante a perseguição, segundo o boletim, ele se virou e atirou. Os militares revidaram – procedimento padrão em situações de risco de vida.

Talvez você pense: “Por que não atirar só para imobilizar?” Em treinamento, a primeira regra é proteger a própria vida e a de terceiros. O alvo dos disparos, por isso, costuma ser o centro do corpo, onde a chance de neutralizar a ameaça é maior.


Socorro imediato, mas sem sucesso

Mesmo baleado, o suspeito foi colocado na viatura e levado às pressas para a Santa Casa. A ideia de que polícia não presta socorro ficou no passado. Hoje, os agentes aprendem no curso de formação técnicas de primeiros socorros. Ainda assim, ele não resistiu aos ferimentos antes de chegar ao bloco cirúrgico.

A cena dentro da emergência foi tensa: médicos de plantão correram, enfermeiros buscaram bolsas de sangue… tudo para tentar reverter hemorragias múltiplas. Não deu. Esse é o lado amargo de quem trabalha na saúde – e também de quem escolhe o crime.


O que estava no bolso dele?

Durante a revista, policiais acharam uma chave de carro. Parecia detalhe, mas foi a pista que levou a uma descoberta maior. No veículo, estacionado a poucos metros dali, havia 45 pinos de cocaína (aqueles tubinhos plásticos conhecidos de quem vê noticiário policial), 10 papelotes da mesma droga e 19 pedras de crack.

Você pode perguntar: “É muito?” Para um traficante de bairro, sim. Cada pino pode ser vendido por cerca de R$ 20. No total, a carga passava fácil dos R$ 1 000. Dinheiro que alimenta o ciclo do crime: compra mais droga, compra armas, corrompe, e por aí vai.


Histórico de violência chama atenção

A PM revelou que o suspeito somava 10 passagens por tráfico. Mais grave: tinha mandado de prisão aberto e era investigado por homicídios contra a própria avó e uma tia. Quando menor, chegou a esfaquear um agente socioeducativo dentro do centro onde cumpria medida disciplinar.

Não é raro ver criminosos com ficha extensa nas ruas. Os motivos variam: recursos judiciais, penas alternativas ou falta de vagas no sistema prisional. Isso gera aquela sensação de impunidade que você, leitor, certamente já comentou no café: “Fulano foi preso ontem e hoje está solto outra vez!”. Pois é.


Arma e drogas retiradas de circulação

A cada operação com resultado positivo, a polícia gosta de destacar o “tráfico desidratado”. Traduzindo: menos drogas nas mãos de pequenos vendedores significa menor oferta nas bocas de fumo, o que pressiona o preço e dificulta a expansão de facções. Pode parecer pouco, mas imagine esses mesmos entorpecentes nas portas de escolas.

Além das drogas, a arma apreendida (um revólver calibre .38 com numeração raspada) será periciada. Balística pode ligar projéteis encontrados em outras cenas de crime e revelar participação do suspeito em execuções. Um detalhe técnico que, muitas vezes, passa despercebido, mas pesa na hora de fechar investigações.


Repercussão entre moradores

Numa padaria ali perto, o assunto da manhã seguinte era só um: o tiroteio. Dona Marlene, que vende pães há 30 anos no bairro, soltou um “uai” carregado de susto: “A gente sai cedo pra trabalhar e acaba no meio de bala perdida”. Seu Paulo, aposentado, enxergou esperança: “Pelo menos a polícia tá agindo. Antes ninguém podia entrar aqui”.

Sentimentos mistos, mas com uma conclusão comum: segurança pública continua sendo prioridade número um na lista de preocupações do brasileiro.


O que diz a lei sobre confrontos

Sempre que alguém morre em ação policial, surge debate. Pela lei, o uso da força deve ser proporcional à ameaça. Se o suspeito atira, o policial tem o direito – e o dever – de revidar. Caso contrário, responderia por omissão. Há, claro, investigações internas e do Ministério Público para analisar se houve excesso. Transparência é essencial para manter a confiança da população.


Reflexão final: onde podemos melhorar?

Você já parou para pensar por que jovens entram no tráfico? Falta de oportunidade, influência de amigos, lucro rápido… a lista é longa. Mas a saída passa por uma combinação de educação de qualidade, oferta de emprego e ações sociais que ocupem o tempo ocioso de adolescentes.

Enquanto isso não acontece, operações como a de terça-feira continuam indispensáveis. Elas quebram a cadeia de abastecimento de drogas e mostram que o crime, cedo ou tarde, cobra a conta.


Conclusão

O confronto com policiais em Montes Claros terminou com a morte de um foragido e a apreensão de armamento e drogas. A ação rápida do GER evitou que mais entorpecentes fossem distribuídos na cidade e retirou de circulação um suspeito de crimes graves. Para quem mora no Chiquinho Guimarães, fica a sensação de alívio, mas também o lembrete de que a luta contra o tráfico é diária – e não pode parar.

 

Fonte: G1 Grande Minas

Materiais apreendidos na ocorrência — Foto Destaque: Polícia Militar

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