Hospital Eduardo de Menezes Aumenta Capacidade de Atendimento em Meio a Aumento de Casos de Síndrome Respiratória
Estrutura de UTI do HEM Agora Tem 18 Leitos Disponíveis
Nos últimos meses, o Hospital Eduardo de Menezes (HEM) fez um investimento significativo em sua estrutura, quase dobrando a capacidade de atendimento na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Entre junho e julho deste ano, o hospital, que é uma referência estadual em doenças infectocontagiosas, acrescentou oito novos leitos aos dez já existentes. Essa decisão foi motivada pelo aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), um cenário que se intensifica nesta época do ano.
A Demanda por Atendimento Intensivo
De acordo com dados recentes, de 1º de janeiro até 26 de julho, o HEM atendeu 181 pacientes com problemas respiratórios, dos quais 104 precisaram ser internados na UTI. Particularmente preocupante é o perfil dos pacientes que estão sendo hospitalizados: a maioria são idosos acima de 60 anos, geralmente apresentando quadros de influenza, o vírus que mais tem afetado essa faixa etária.
No período de 6 de junho a 26 de julho, o hospital registrou 49 admissões, com 31 delas na UTI. Esses números robustos evidenciam a necessidade urgente de atenção médica e a pressão sobre o sistema de saúde, que tem trabalhado incessantemente para acolher todos os que buscam ajuda.
Tendências e Prevenções Através do InfoGripe
O boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz no início de agosto, oferece informações sobre a situação epidemiológica do país. Segundo o boletim, a tendência de queda nos casos de SRAG relacionados à influenza entre idosos se manteve na semanada epidemiológica 31, que engloba o período de 27 de julho a 2 de agosto. Contudo, um cenário de alerta persiste em 16 estados, incluindo Minas Gerais, que ainda registram níveis elevados de SRAG. O panorama revela que, até agora, 25,7% dos casos confirmados de 2023 são de influenza A, complementados por 1,1% de influenza B.
As autoridades de saúde respiram aliviadas ao notar uma estabilização, mas a vigilância continua, já que ainda há uma ameaça latente de surtos.
Compromisso com a Saúde Pública
Tatiani Fereguetti, gerente assistencial do HEM e infectologista, enfatiza a importância da agilidade nas respostas hospitalares em momentos críticos como esse. “A oferta excepcional de leitos garante à população o acesso à assistência à saúde de alta complexidade, aumentando as chances de recuperação e minimizando os impactos negativos da epidemia no estado,” afirma a médica. A disposição de recursos e atenção às necessidades emergentes são fundamentais para contenção de surtos.
Além do HEM, outros três hospitais da Fhemig — João Paulo II, Júlia Kubitschek, e Maternidade Odete Valadares — também expandiram suas capacidades para lidar com a demanda crescente. Essa mobilização demonstra a unidade de esforços que os hospitais têm empregado diante dessa crise de saúde pública.
Medidas Proativas do Governo de Minas
Em 2 de maio, o Governo de Minas declarou situação de emergência em saúde pública devido ao crescimento dos casos de SRAG. Essa decisão permite a implementação de medidas rápidas para melhorar a capacidade de resposta do Estado, garantindo, assim, que a população tenha acesso a cuidados adequados.
A articulação entre diferentes áreas da saúde é crucial. Além da ampliação de leitos, a mobilização de profissionais e a implementação de protocolos de atendimento permitem um enfrentamento mais efetivo da atual situação.
Conclusão: Um Olhar Atento para o Futuro
O aumento da capacidade de atendimento do Hospital Eduardo de Menezes é um passo importante na luta contra a SRAG, especialmente entre os idosos, que são o grupo mais afetado. À medida que a situação continua a evoluir, a atenção e a vigilância das autoridades de saúde são essenciais.
O compromisso do HEM, juntamente com os outros hospitais da região, demonstra um esforço conjunto para garantir que todos que necessitam de tratamento intensivo tenham acesso a ele. Mesmo com a tendência de queda observada nos últimos boletins, a determinação em estar preparado para desafios futuros deve seguir firme, sempre buscando a melhoria das condições de saúde da população. A pandemia nos ensinou que a saúde é um bem coletivo e exige a união de esforços para enfrentar os desafios que surgem.