Moradores de Belo Horizonte Rejeitam Linha Singela do Metrô e Exigem Transparência nas Obras

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Moradores do Barreiro Rejeitam Linha Singela e Pedem Maior Transparência nas Obras do Metrô em Belo Horizonte

Comissões da Assembleia Legislativa acentuam a necessidade de soluções efetivas

Na quinta-feira (21), a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) esteve em uma visita técnica nas dependências da MRS Logística, no Bairro Barreiro. A audiência visou acompanhar os avanços nas obras de expansão do metrô de Belo Horizonte, uma obra que gera ansiedade e expectativa entre os moradores da região.

Linha Singela: A Solução Proposta

Logo no início, o gerente operacional da MRS, Sérgio Maurício Mayrink Júnior, esclareceu a situação: a empresa tem obrigações contratuais que a forçam a ceder uma faixa de 14,5 metros em sua área de pátio à concessionária Metrô BH. No entanto, essa largura não seria adequada para a construção de uma linha dupla. Em resposta, a proposta da deputada Bella Gonçalves foi a implementação de uma linha singela, que consiste em uma única via de mão dupla, com cerca de dois quilômetros de extensão.

Porém, essa alternativa não convenceu a todos. Bella Gonçalves expressou a preocupação de que a linha singela poderia não apenas atrasar a obra, mas também oferecer riscos à segurança dos passageiros. Isabel de Araújo, do coletivo Barreiro em Movimento (BEM), manifestou seu desejo por uma continuidade que priorize a qualidade: “Queremos um metrô com dignidade”.

A Luta dos Moradores e o Descontentamento com a Proposta

André Xavier, um dos moradores mais engajados na luta pela expansão da Linha 2, fundou há quase dez anos o bloco carnavalesco "Esperando o Metrô", que satiriza a lentidão das obras. Com cerca de 300 mil habitantes no Barreiro, a expectativa é alta para a chegada do metrô. No entanto, ele acredita que a linha singela não resolve a situação, aumentando o temor de que a proposta não atenda a demanda real da comunidade.

A deputada Bella Gonçalves também levantou questões sobre a falta de transparência no projeto. O baixo envolvimento da Metrô BH na discussão e o não fornecimento de informações sobre o andamento das obras têm gerado preocupações na comunidade. Os moradores se sentem deixados de fora das decisões que afetam diretamente suas vidas.

A Promessa de Estudos e Próximos Passos

Durante a visita, Carlos Alberto Carvalho, diretor da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias de Minas Gerais (Seinfra-MG), assegurou que estudos sobre as duas alternativas de construção – a linha dupla e a linha singela – foram solicitados à Metrô BH. O resultado desses estudos, junto com um mapeamento de possíveis interferências estruturais, deve ser entregue até a próxima quarta-feira (27).

Ana Gonçalves já anunciou que pretende convocar uma audiência pública na ALMG para discutir esses documentos e também para exigir uma fiscalização mais rigorosa das obras. Ela enfatizou que a comunidade deve ter voz nas questões operacionais e financeiras que cercam a expansão do metrô.

Conclusão: O Clamor por uma Solução Viável

Os moradores do Barreiro enfrentam um dilema entre a esperança por melhorias na infraestrutura e a frustração com a falta de informações claras e soluções efetivas. Enquanto a proposta da linha singela é vista por alguns como um retrocesso, a luta pela expansão do metrô continua.

A realidade é que, para uma população que aguarda há anos pela modernização do transporte, o trabalho da Assembleia Legislativa e do governo estadual será crucial. A transparência nos processos e a participação ativa dos cidadãos são essenciais para garantir que o metrô atenda realmente às necessidades de quem vive na região. A conclusão disso tudo é que a comunidade do Barreiro não quer apenas um metrô; eles exigem um metrô que ofereça segurança, qualidade e, acima de tudo, dignidade.

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