Palmeiras x Chelsea: Verdão testa defesa remendada e ganha novo capitão para seguir vivo no Mundial

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Time do Palmeiras em treino antes da partida contra o Chelsea no Mundial de Clubes

Palmeiras x Chelsea: A noite que vale o sonho verde

Quem é palmeirense sabe: 2025 virou o ano em que a Copa do Mundo de Clubes (o antigo “Mundial”, agora inchado para 32 participantes) passou de desejo distante para objetivo real. Depois de eliminar o Botafogo na prorrogação, o Palmeiras x Chelsea nesta sexta‑feira (4), às 22h, no Lincoln Financial Field, estádio do Philadelphia Eagles, time da NFL. É jogo único: perdeu, tchau; venceu, semifinal. Ou seja, coração acelerado do primeiro ao último minuto.

Entenda o desafio: defesa sem três titulares

Abel Ferreira precisou improvisar. O capitão Gustavo Gómez foi expulso, Joaquín Piquerez cumprirá suspensão por cartões, e Murilo ainda se recupera de lesão. Resultado: a zaga terá Bruno Fuchs e Micael, dupla que só começou dois jogos na temporada. Nas laterais, Giay entra na direita, e Vanderlan substitui Piquerez na esquerda. Nunca antes essa linha de quatro atuou junta.

Para segurar um ataque inglês que já fez dez gols no torneio, Abel escolheu Weverton como capitão. O goleiro não gosta muito da braçadeira — fica longe do árbitro para reclamar —, mas topou o desafio. “A vida é feita de oportunidades”, resumiu o treinador.

Lincoln Financial Field: o que muda para o Verdão?

Jogar em estádio de futebol americano não é novidade lá fora, mas chama atenção por aqui. O gramado sintético foi substituído por natural, mas ainda assim é mais firme que o do Allianz Parque. A bola quica diferente, os chutes de longa distância ganham velocidade. Quem treina society vai entender rapidinho. Adicione o calor de verão da Filadélfia (sensação de 32 °C) e temos um ambiente bem diferente do inverno paulista.

Chelsea também se reforça: olhe nele, João Pedro

Do outro lado, o técnico Enzo Maresca ganhou um brinquedo novo: João Pedro, ex‑Fluminense, comprado por 55 milhões de libras (cerca de R$ 415 mi). O atacante chegou esta semana e já pode estrear contra o Palmeiras. Para os tricolores, boa notícia: o Flu embolsa 2,5 % da venda, dinheiro que cai bem na janela de transferências.

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Se você não acompanha a Premier League, João Pedro é rápido, gosta de driblar aberto e finaliza bem com a canhota. Lembra um pouco o estilo de Rony no auge, mas com mais porte físico. É o tipo de reforço que bagunça defesa desentrosada — daí o frio na barriga do torcedor alviverde.

Abel pode surpreender no meio

Por falar em Rony, ele deve manter a vaga no ataque ao lado de Endrick e Estêvão. O miolo de campo ainda é mistério. Mauricio e Allan disputam com Zé Rafael as duas vagas de volante. Como Chelsea costuma pressionar alto, é possível que Abel use Allan, mais leve na saída de bola. Se optar por Zé Rafael, ganha força na marcação, mas perde velocidade para escapar do “sufoco” inglês.

A tática azul: pressão, dribles e bola aérea

O Chelsea mudou de cara com Maresca. O italiano adora muita posse de bola — lembra Guardiola — e pede pressão logo que perde a redonda. Para fugir disso, o Palmeiras vai precisar de passes rápidos e diagonais longas para Estêvão ou Endrick. Na bola parada, atenção máxima em Nicolas Jackson e nos zagueiros “tora” que sobem em escanteios.

Por que o jogo pega para o torcedor brasileiro?

Além do sentimento de revanche (o Verdão perdeu a final de 2022), esta edição do Mundial acontece nas férias escolares, horário nobre, transmissão aberta. Muita gente que nem torce para o Palmeiras acaba secando ou torcendo, gerando audiência e, claro, cliques — ótimo para quem vive de AdSense.

E tem um detalhe de bastidor: se passar, o Palmeiras pode cruzar com o Fluminense (ou Al‑Hilal) na semi. Já imaginou um Choque‑Rei Verde contra o Tricolor valendo vaga na final? A torcida rival ia enlouquecer.

Como o Verdão se acostumou a rodar elenco

Abel costuma treinar “mistão” todo santo dia. No CT, titulares e reservas se misturam, justamente para noites como esta, quando três ou quatro peças saem e o sistema precisa continuar girando. Vanderlan explicou: “Aqui não tem reserva, a gente conhece a característica de todo mundo”. Parece papo padrão, mas faz diferença na hora H.

Agora, olho no capitão

Weverton assume a braçadeira pela primeira vez no Mundial. Aos 37 anos, experiente em Seleção, ele vai orientar a zaga novata. Fora do campo, o goleiro é voz forte no vestiário. Se você lembrar do “chega e vamo” que ele deu em colegas após derrota no Paulistão de 2023, entende o peso da liderança. Contra o Chelsea, a bronca precisa virar posicionamento rápido e defesa de reflexo.

O peso da grana: orçamento x coração

Não dá para negar. O Chelsea gasta em um reforço o que muitos clubes brasileiros investem em três anos. Porém, futebol não é conta bancária. Em 2022, o Palmeiras equilibrou a final até o último lance. Desta vez, Abel tem elenco mais jovem e veloz. Se o sistema defensivo segurar a onda nos primeiros 20 minutos, a torcida pode sonhar com mais uma “noite eterna” para o DVD da Academia.

Palpite?

Jogo amarrado, chances de contra‑ataque dos dois lados. Se o Palmeiras fizer o primeiro gol, cresce. Se tomar, pode sentir. Mas, no Mundial, brasileiro costuma se virar. Eu não apostaria meu 13º salário, porém arriscaria empate com emoção nos pênaltis. E pênalti, a gente sabe, é loteria.


Resumo em uma frase: o Palmeiras chega com defesa improvisada, novo capitão e muita raça para encarar um Chelsea cheio de grife e reforços milionários — duelo de tirar o fôlego, que pode renovar o sonho verde de título mundial.

Fonte: ge.globo

Foto: Cesar Greco / via Fotos Públicas

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